A crise ter se instalado no Brasil é um fato, mas também sabemos que em uma sociedade capitalista este é o momento mais propício para se reinventar e não ser tão atingido por ela, ainda mais no início de ano em que as contas tendem a apertar o bolso, inclusive o bolso corporativo.
Não demita, qualifique!
Muitas empresas tendem a aumentar o índice de demissões a fim de diminuir a folha de pagamento. Mas antes de qualquer tomada de decisão, pare e pense estrategicamente! Vale a pena?
Os gastos trabalhistas são enormes, o setor de recursos humanos terá de reencontrar outras pessoas para substituírem quando necessário, selecionar, adaptar, treinar ensinando cada função novamente. Todos esses fatores podem ter impacto negativo na qualidade e na entrega final ao cliente.
Ao invés de simplesmente cortar a folha de pagamento, a empresa deve pensar de maneira estratégica no seu corpo de funcionários e torna-los mais produtivos a fim de transformar o corte em uma redução de custos estratégicos.
E se não houver investimentos para a qualificação?
O treinamento não precisa depender apenas de profissionais externos para acontecer. A passagem de conhecimento e experiência deve ser feita utilizando o know how dos próprios colaboradores, gestores e líderes, utilizando dos recursos internos.
Não perca qualidade
Na hora do aperto, é comum que muitas empresas pensem em diminuir os gastos com matéria prima e comecem a substituir a compra por materiais mais baratos, o que influencia diretamente na qualidade final do produto. A partir do momento em que os clientes percebem a diferença de qualidade, vão deixando de adquirir os produtos e a empresa perde a credibilidade dos clientes antigos, além de prejudicar o recrutamento de novos. Manter um padrão de qualidade é essencial no momento de crise financeira.
Negocie com os fornecedores
Para continuar comprando materiais de ótima qualidade, negocie com os fornecedores. Peça prazos mais longos para o pagamento, ou compras conjuntas com outras empresas. Construa um relacionamento com o fornecedor para facilitar a troca de informações e tornar o momento da negociação menos crítico. Se necessário, troque o fornecedor, no entanto, não abra mão de produtos de qualidade.
Novos mercados
Se o seu setor foi diretamente afetado pela crise, é hora de explorar e inovar em novos mercados. Adapte os seus produtos e serviços para uma nova clientela. Invista em marketing, estude qual público tem poder de compra dos seus produtos e como sua empresa pode atendê-los. É hora de ousar.
Conclusão
Para diminuir gastos e superar o aperto do início do ano (e da crise), é preciso definir e pensar estrategicamente. Não existe receita de bolo: fazer demissões e comprar produtos de menor qualidade, pois essas atitudes não vão trazer benefícios para sua empresa. Vá na contramão quando necessário para fazer seu negócio perpetuar para a longevidade.