A época econômica em que vivemos, é uma época em que a competição está cada vez mais acirrada, principalmente para produtores de bens de transformação. E, uma solução encontrada seria a de oferecer bens e serviços de forma otimizada e controlada. Por meio do controle da eficiência operacional estas empresas podem alcançar estes objetivos, e este controle deve vir através de mudanças cuja amplitude siga as novas tendências dos mercados consumidores.
E quando falamos das indústrias têxteis nacionais, podemos perceber que é por esta transformação que elas estão passando. Pois precisam se tornar competitivas para o mercado internacional.
Desde modo, quando pensamos no interior dessas indústrias, algumas mudanças operacionais precisam ser alteradas, para que atinja assim, um controle sobre os gastos e custos das indústrias e, desta forma, saiba-se a melhor forma de reduzir estes.
O erro dos modelos tradicionais de custeio aplicados as indústrias têxteis é que estes excluem algumas partes do processo, pois objetivam a avaliação final dos estoques dos produtos, não abrangendo os custos indiretos que envolvam a produção.
Um modelo de custeio que visa maior efetividade para as indústrias do setor deve se preocupar com com aspectos que visam mensurar a separação dos gastos efetuados pela empresa, identificando as parcelas relativas a custos dos produtos e perdas dos processos.
Então, esta nova metodologia deve adotar procedimentos diferentes que são adotados de acordo com a natureza de cada gasto.
Gastos fixos
Quanto aos gastos fixos deve-se identificar a capacidade em horas-máquina de trabalho de cada setor produtivo, além de identificar os custos fixos padrões por hora-máquina de capacidade, deve-se determinar os tempos padrões de cada produto nos setores produtivos, além de incorporar aos produtos o custo fixo padrão por hora-máquina considerando os tempos padrões e, por fim, identificar a produção realizada de cada produto, bem como o nº de horas máquinas efetivamente trabalhadas. Adotando estas medidas se torna efetiva a identificação dos níveis de ociosidade e ineficiência na utilização dos gastos indiretos de transformação fixos.
Gastos Padrões
Após definir a forma de identificar os níveis de ociosidade por meio dos gastos fixos, deve-se identificar os gastos produtivos por hora máquina de trabalho. Com o auxílio da engenharia, localiza-se o consumo padrão da máquina dos gastos variáveis, desconsiderando gastos advindos de critérios de distribuição, como elaborado pelos sistemas de tradicionais de custeio. Posteriormente, identificam-se os recursos efetivamente aplicados, aproveitando o próprio sistema atual de custeio, onde estes gastos já estão registrados nestes centros de custos operacionais. Em seguida, levantam-se as horas-máquina efetivamente trabalhadas em cada período, bem como a produção realizada. Calcula-se o custo real por hora-máquina, incorporado de eventuais ineficiências do processo. Na seqüência, incorporam-se aos produtos o custo variável padrão por hora-máquina, levando em conta os tempos padrões de cada produto nos centros operacionais. Por fim, é identificado os níveis de ineficiência dos recursos aplicados no processo.
Gastos Variáveis
Para identificar os gastos variáveis é preciso fazer um levantamento das atividades desempenhadas pela empresa através dos departamentos de apoio, depois tem-se que determinar os melhores direcionadores de custos possíveis para cada natureza de gasto, os quais indicam a frequência de cada atividade, determinar, também, a capacidade de horas de trabalho, o que permite mensurar os níveis de ociosidade na utilização dos gastos fixos pela execução das atividades. Identificar, também, os direcionadores de custos para cada atividade, calculando-se o custo para cada atividade de apoio e, por fim, verificar quais os objetos consumidores das atividades desempenhadas pela empresa no período.
Concluindo
Este modelo de custeio, não considera a formação dos custos dos produtos as perdas do processo, então permite obter um custo mais apurado com os níveis planejados. Isto possibilita a adoção de melhores estratégias de comercialização e torna mais confiável o processo de tomada de decisão.
Aplicando em cada etapa do processo produtivo, um método de custeio mais apropriado às suas características e, também, à natureza dos gastos associados a cada etapa, permite-se que as indústrias têxteis obtenham uma melhor credibilidade nos custos unitários gerados, pois o modelo refletiria com mais coerência, os fluxos operacionais e, consequentemente, a efetiva demanda dos recursos aplicados nos processos.
Desta forma, tendo em mãos todas essas informações detalhadas, as indústrias conseguem avaliar em qual áreas estão tendo gastos desnecessários e podem adotar, então, medidas efetivas para reduzir estes gastos.